2 de janeiro de 2008

Vergo-me, passando as mãos na areia - Monólogo I

- Está vento...
- Vento?!
- Sim, o cabelo entrelaça-se pela minha cara.
- Porque não o sentes?
- É frio, congela-me a alma
-A Alma?
- Sim
- Tenta não pensar...
deixa que tudo o que te envolve neste momento te consuma...
(...)
- Em que pensas?
- No que não devia, mas faz-me bem.
- Não sei como consegues, ver tudo mudar e ficar indiferente a isso...
- Não estou indiferente e tudo muda, até mesmo nós e os nossos pensamentos,
mas... sente o vento
(...)
- Sentes? Sentes novamente?
E agora, esta brisa gelada que queima toda a tua memória?
Que te traz força para lutar para novas razões de vida.
- Só sinto frio, quero ir embora...
- Abre os braços, Abre! Sente agora!
Abre! E respira a nova vida que Ele te envia...
- Porquê a nós?
- Só tens que sentir... não questiones nada, não te irá trazer felicidade alguma.
- Sinto! Sinto!
(...)
- Que tens na memória agora?
-Nada... sou livre, sou o presente, sou este momento, sou aquilo que quero,
Sou Eu!
Porque o que fui, todo este vento levou!



*Evelin Kaie, porque o vento só leva aquilo que nós deixamos

1 comentário:

  1. hey! desculpa a invasao mas tive a dar uma olhadela no teu blog e gostei muito do que li ^^ este excerto especialmente! c-ya

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